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Faculdade Internacional de
Curitiba
MBA em Planejamento e Gestão
Estratégica
Cenário
Estratégico de João Pessoa (PB) – Ano 2020
Daniela de Mendonça Mendes
Denise Macêdo de Almeida
Campos
Karina Moreno dos Santos
1.
INTRODUÇÃO
Neste trabalho, vamos buscar a formulação de
um modelo teórico para o cenário do ano de 2020 do Município de João Pessoa que
se localiza no estado da Paraíba, observando alguns conceitos de administração
ligados ao planejamento de Cenários e Estratégia bem como os Mapas e Modelos
Mentais.
João Pessoa é um município brasileiro, capital e cidade mais populosa do estado da Paraíba, foi fundada em 1585 o município está
localizado no ponto mais oriental das Américas. A cidade se destaca pelo clima tropical, por ser a
maior em economia (indústrias, comércio, turísmo e serviços) e arrecadação de impostos para o
estado, pelas suas praias e pelos vários monumentos de arquitetura. Durante a ECO-92, conferência da ONU sobre o meio
ambiente, João Pessoa recebeu o título de segunda cidade mais verde do mundo. João
Pessoa é considerada uma das capitais brasileiras com menor desigualdade
social, além de ser a 2ª capital com melhor qualidade de vida do Norte-Nordeste.
A População pessoense foi estimada em 702.235
habitantes (IBGE 2009. Em um censo, refente ao ano
de 2000, pessoas não-naturais do município alcançaram 28,5 mil pessoas. Dez anos depois a população da capital aumentou em quase 100 mil pessoas, sendo que boa parte delas
são filhos de pessoas naturais de outras cidades do estado, de outros estados do Brasil ou de outros países. O
objetivo fundamental do trabalho é verificar possíveis Cenários
fundamentando-se no cenário realizado em São Paulo, assim como verificar
soluções para os problemas levantados.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Matriz morfológica
Matriz
Morfológica para elaboração de Cenários
|
|||||||||
Variável
|
Cenário
|
||||||||
Referência
|
Ideal
|
Alvo
|
Grupo
|
||||||
Incerteza Crítica 1 - Desenvolvimento
Sócio Econômico e Infraestrutura
|
|||||||||
1.1
|
Turismo
|
Não
mencionado
|
Não
mencionado
|
Não
mencionado
|
Crescimento
do setor
|
||||
1.2
|
Crise
Internacional de 2008
|
Grande
impacto na economia com crescimento na casa de 4% aa - informalidade da
economia.
|
Grande
impacto na economia com crescimento na casa de 4% aa - geração de empregos
formais.
|
Superação
da crise com crescimento superior a 4%aa - Voltado para sustentabilidade
|
O
impacto da crise foi pouco relevante.
|
||||
1.3
|
Educação
|
Melhoria
no grau de escolaridade da população
|
Forte
desenvolvimento social através da melhoria da educação básica
|
Implantação
dos projetos: Escola de Tempo Integral e Comunidade Presente.
|
Ênfase
na especialização do ensino devido a demanda de mão-de-obra especializada
|
||||
1.4
|
Economia
|
Liberação
de crédito ao setor produtivo, elevando o PIB em 4% aa.
|
Crescimento
econômico médio de 4%aa acompanhado de revolução educacional
|
A produção de petróleo e gás proporcionou importante
impulso econômico às regiões litorâneas
|
A produção de petróleo é tímida
|
||||
1.5
|
Demografia
|
Significativa
redução do crescimento populacional devido à queda da natalidade e da
migração.
|
Houve
remoção e realocação da população das áreas de risco
|
Aumento
de 10% da população. Maior expectativa de vida.
|
Aumento
de 15% da população oriunda de outras localidades do país e do mundo
|
||||
Incerteza Crítica 2 - Planejamento de
Desenvolvimento Regional
|
|||||||||
2.1
|
Petróleo
|
Principal
fonte de energia, preço U$$ 80,00
|
Pré
sal é o diferencial competitivo da indústria Paulista devido ao preço de U$$
80,00
|
Não
menciona o petróleo como fonte de preocupação
|
É
iniciada a exploração da reserva de petróleo no interior da Paraíba
|
||||
2.2
|
Indústria
|
Ampliação
da atividade industrial em Santos
|
Indústrias intensificaram suas atividades em
outros pólos
|
A produção de etanol foi acelerado
|
Incentivos
fiscais foram renovados,
|
||||
2.3
|
Exportação
|
Não
menciona alteração na exportação
|
Não
menciona alteração na exportação
|
Não
menciona alteração no setor
|
Reforma
na área portuária crescimento da
exportação
|
||||
2.4
|
Novos
pólos regionais
|
Destaque
à descoberta de jazidas de gás e petróleo em Santos, tornando-o pólo
referência para várias indústrias
|
Cidades de pequeno e médio
porte receberam grandes investimentos nas áreas
de serviços e infraestrutura, atraindo um número
significativo de indústrias
|
Não
menciona novos pólos regionais
|
Atração
de Indústrias petroleiras para a região de Sousa-PB
|
||||
2.5
|
Desenvolvimento
sustentável
|
Investimento
em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I)
|
União
dos municípios através de panos regionais para a preservação ambiental
|
Conscientização
populacional em ao desenvolvimento sustentável
|
Incentivo
fiscal dados às indústrias
|
||||
Incerteza Crítica 3 - Planejamento e
Desenvolvimento Urbano
|
|||||||||
3.1
|
Construção
civil
|
Apesar
dos investimentos, a questão habitacional continua em situação crítica
|
Investimentos maciços, associados
à construção de moradias, regularização fundiária e urbanização de favelas.
|
Plano de Construção Civil Sustentável 32,
|
Grandes
investimentos na área impulsionados pelo aumento da população
|
||||
3.2
|
Energia
|
Diminuição
em 10% do consumo de energia nas residências
|
Houve
queda nos impactos ambientais
|
Não
menciona mudanças no setor
|
Dificuldades
com estrutura ocasionam má distribuição
|
||||
3.3
|
Transporte
|
Intensificação
de programas para a melhoria do transporte coletivo
|
75% dos deslocamentos na Região Metropolitana
de São Paulo é por meio de transporte coletivo,
|
Implementação dos Planos Integrados
de Transportes Urbanos (PITU)
|
Aumento
da frota impulsiona medidas de melhoria na infra-estrutura
|
||||
3.4
|
Saneamento
|
Implantação e políticas públicas da coleta seletiva de lixo
|
95% dos resíduos sólidos
urbanos recebem algum tipo de tratamento,
Ex:reciclagem
|
Política integrada
constituiu no Plano Estadual de Saneamento
|
João
Pessoa alcança 90% de rede de saneamento básico
|
||||
3.5
|
Desmatamento
|
Promulgação
de vários dispositivos legais onde instituiu áreas de preservação permanente
|
Queda
nos impactos ambientais
|
Gestão no uso
e ocupação do solo
|
Fiscalização rigorosa devido à expansão da construção
civil
|
||||
2.2 Cenário
2020 - João Pessoa (PB)
Estamos em 2020; a crise internacional de
2008, que grande impacto provocou em diversas regiões brasileiras, teve pouco
reflexo na região Nordeste; especificamente no Estado da Paraíba. Foi evidente
o grande desenvolvimento econômico neste Estado e especialmente no município de
João Pessoa.
Grandes indústrias vêm sendo atraídas para a
região devido ao fortalecimento da economia, bem como pela oportunidade
potencial de crescimento e desenvolvimento do Estado, tendo em vista que a
exploração de petróleo no interior foi iniciada. Indústrias petroleiras estão
sendo atraídas para cidade de Souza devido à exponencial oportunidade de
exploração de petróleo.
A exportação tem tido grande desenvolvimento
devido à reforma na área portuária, isso tem possibilitado o crescimento da
exportação. As construções e melhorias no porto da cidade de Cabedelo estão
ajudando no desenvolvimento do Estado, por facilitar a saída de produtos como o
algodão colorido e o artesanato em geral.
Cabe ressaltar que o interesse das
indústrias, principalmente as do setor de construção civil, em instalarem-se em
João Pessoa foi motivado pelo crescimento da população.
Estima-se que a população pessoense aumentou
em 35% (Censo IBGE-2019) nos últimos anos; sendo composto por pessoas oriundas
de outras localidades do país e do mundo.
Este aumento populacional ocorreu e tem
ocorrido devido ao grande potencial turístico da cidade, pela sua elevada
qualidade de vida e pelas belezas naturais; atraindo assim grande número de
indivíduos que vêm à cidade, encantam-se com tamanha beleza e enxergam
excelentes oportunidades de negócios. Têm-se verificado que o turismo na região
está aumentando cada vez mais. Dados recentes (Governo da Paraíba) revelaram
que a cidade de João Pessoa recebeu em 2019 cerca de 30% mais turistas que no ano
de 2018.
O estabelecimento de novos e exigentes
moradores na cidade gerou forte necessidade no ramo imobiliário. Para atender a
esta necessidade, o setor de construção civil está em plena atividade expansiva,
sendo a segunda década o seu melhor momento. Os empreendimentos realizados
estão cada vez mais luxuosos e incompatíveis com a realidade da população
nativa. Tais empreendimentos já vêm sendo construídos desde o ano de 2010
visando atender a demanda de pessoas que são oriundas de outros países e cidades
brasileiras. O valor elevado dos imóveis e também do aluguel dos mesmos, gera
um afastamento de grande parte dos pessoenses das áreas consideradas mais
nobres da cidade para as áreas periféricas. Um fato curioso está ocorrendo, parte
da população natural de João Pessoa está migrando para outros pólos regionais
como a cidade de Souza e Cabedelo.
A construção civil, bem como a ampliação de
outros setores da economia, como o comércio e a prestação de serviço abrem
oportunidades variadas e numerosas de emprego. No entanto, a mão-de-obra ainda
é pouco especializada. Segundo o MEC, durante muitos anos o Estado da Paraíba
obteve índice insatisfatório nas avaliações da educação. Esse quadro tem sido
progressivamente mudado à medida que o Governo Federal aplica incentivos à
educação.
Há alguns anos, a especialização de mão de
obra e o nível de escolaridade vêm aumentando proporcionalmente ao crescimento
do comércio, da indústria e da construção civil. A população investe cada vez
mais em sua educação procurando uma formação superior, especializações, cursos
profissionalizantes e técnicos. Ainda assim, há um déficit na área educacional
já que o crescimento da demanda de mão de obra especializada é exponencial.
Sabemos que com o crescimento da demografia
surge a necessidade de uma infra-estrutura mais competente e que alcance as
suprir as necessidades de várias áreas tais como: saneamento, transporte e
desenvolvimento sustentável.
A prefeitura de João Pessoa está investindo
no aumento da frota e impulsionando medidas de melhoria do transporte público,
porém ainda é muito tímida e está bem longe do ideal.
A necessidade de Saneamento felizmente está
sendo suprida e já alcança 90% de rede de saneamento básico. Essas medidas
trouxeram enormes benefícios para a população.
Durante a ECO-92 na conferência da ONU sobre o meio ambiente, João Pessoa recebeu o título de
segunda cidade mais verde do mundo. Infeliz mente a cidade perdeu esse importante título se tornando a 5ª cidade
mais verde do mundo. Essa perda deu-se devido ao elevado crescimento da
construção civil e do desmatamento provocado em determinadas regiões. O governo
realiza fiscalização
rigorosa para conter esse desmatamento, uma vez que no passado por autorização
da prefeitura era permitido essa prática. Outro agravante é a dificuldade na estrutura
de distribuição de energia pelo aumento da demografia.
Ações estão sendo colocadas em prática no que
diz respeito ao desenvolvimento sustentável. O Governo do Estado aumentou o incentivo
fiscal dado às indústrias visando melhorar a questão ambiental. Apesar da
problemática do transporte público já mencionado, a prefeitura realiza
campanhas de conscientização para que a população utilize mais o transporte
coletivo e incluam ações como reduzir o número de circulação de veículos por
pessoa.
A preocupação com as questões ambientais no
Estado é crescente, existe grande preocupação em não permitir que a cidade de
João Pessoa torne-se desordenada e que a sua infraestrutura fique ainda mais
fragilizada.
É notório relatar que o desenvolvimento tem
trazido para o Estado e para a capital inúmeras vantagens econômicas. Em contra
partida, uma gama de problemáticas sociais e de infraestrutura assola a
população.
Para o Governo cabe a tarefa de formular
estratégias que visem melhorar as condições estruturais da cidade propondo
ações e tomando decisões para que se consiga balancear as variáveis aqui
expostas.
3- Mapa e Modelos Mentais
Desenvolvimento
Sócio-Econômico e Infra -estrutura
|
Saneamento
|
Transporte
|
Economia
|
Desmatamento
|
Demografia
|
Construção Civil
|
Desenvolvimento Sustentável
|
Exportação
|
Indústria
|
Educação
|
Petróleo
|
Novos Pólos Regionais
|
Turismo
|
Energia
|
Crise Internacional
|
4-
Conclusões
O Projeto Estratégico “Cenário
do ano de 2020 do Município de João Pessoa-PB”
adota a proposição de que o desenvolvimento econômico e humano está interligado.
Nesse sentido, os ganhos para os habitantes deste município podem ser considerados
razoáveis no sentido que o crescimento da economia obrigou os Governos a
adequarem as suas Políticas Públicas para que as necessidades geradas pelos
avanços econômicos fossem atendidas.
Ficou claro que a renda média da população
foi elevada, mas sem dúvida, esse aspecto não pode ser considerado benéfico de
forma isolada. O crescimento econômico
não deve ser alcançado a qualquer custo, o foco deve ser sempre o
desenvolvimento sócio-econômico no sentido amplo do termo. Sendo assim, o desenvolvimento
sustentável é facilmente percebido.
Neste sentido, é importante destacar o
papel da educação como sendo, muito bem definido no Projeto Cenários Ambientais
2020 do Estado de São Paulo, causa e conseqüência do desenvolvimento. A educação,
na medida em que constitui condição para o desenvolvimento das futuras gerações,
contribui para a própria implementação do desenvolvimento sustentável. Para
tanto as políticas públicas devem estar em sintonia com as exigências
ambientais.
Podemos concluir e afirmar que o quadro
geral do cenário do Estado da Paraíba no ano de 2020, em especial o município
de João Pessoa, é positivo no que se refere ao fortalecimento econômico. No
entanto no que se refere à qualidade de vida, a população vem sofrendo com o
aumento da criminalidade, reflexo da desigualdade social gerada pelo
crescimento acelerado.
5- Referências
HEIJDEN,
KEES VAN DER. Cenários: a arte da
conversação estratégica. Porto Alegre, bookman, 2004.
MARIOTTI,
HUMBERTO. Pensamento Complexo: suas
aplicações à liderança, à aprendizagem e ao desenvolvimento sustentável.
São
Paulo: Atlas, 2007.
SÃO
PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente /
Coordenadoria de Planejamento Ambiental. Projeto Ambiental Estratégico Cenários
Ambientais 2020. Coordenação Casemiro Tércio dos Reis Lima Carvalho e Renato
Rosenberg - - São Paulo : SMA/CPLA, 2009
Faculdade
Internacional de Curitiba
MBA em
Planejamento e Gestão Estratégica
Princípios e Modelos de Planejamento e Gestão Estratégica em sintonia
com Estratégia e Competitividade
Daniela de Mendonça Mendes
Denise Macêdo de Almeida
Campos
Karina Moreno dos Santos
Maria do Socorro Araújo
Costa
1.
INTRODUÇÃO
Neste trabalho, vamos buscar a formulação de
um modelo teórico para o planejamento de campanhas promocionais no varejo,
observando alguns conceitos de administração ligados ao planejamento e
estratégia para ao final apresentarmos um estudo de caso de sucesso, em que
ações comerciais seguindo o modelo teórico, obtiveram grande sucesso. Este estudo de caso foi baseado na experiência de sucesso que
a empresa Cellular One vem obtendo
com seu planejamento estratégico e campanhas promocionais no varejo.
O interesse em realizar este estudo surgiu
das observações do comportamento comercial de várias lojas e redes de lojas,
consequentemente, seus erros, acertos, sucessos e fracassos. Teoricamente,
temos uma vasta fonte de referências para modelos de planejamento e estratégia,
assim como modelos de gestão de varejo e vendas. No entanto, consideramos
extremamente importante a questão das ações comerciais. Observamos que redes de
lojas já consolidadas no varejo, assim como profissionais experientes, cometam
erros graves ao se conceber e implementar uma ação comercial. Estar atento aos
detalhes e levar em conta todos os elos responsáveis pela ação pode representar
o sucesso ou o fracasso desta.
O objetivo fundamental do trabalho é verificar
possíveis modelos de ações comerciais fundamentado nas modernas teorias de
planejamento e estratégias que busque o desempenho comercial superior. Este
modelo, seria um conjunto das ações comerciais mais eficazes no varejo que, uma
vez, implementadas de forma planejada e complementar representaria o melhor
caminho para a conquista do desempenho comercial superior.
A Cellular
One no último trimestre de 2009 planejou e executou uma campanha
promocional de grande sucesso. Esta campanha foi alinhada ao planejamento
estratégico, provando ser um modelo de administração de varejo eficiente. Mesmo
sendo uma empresa com estrutura enxuta, a campanha foi planejada considerando
todos seus elementos e responsabilidades.
2. FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
Escola
do Design
A escola do design entende estratégia como um
processo de concepção. É a mais difundida entre as escolas e possui base na
análise de swot, justamente avaliação dos pontos fortes e fracos da empresa
frente às ameaças e oportunidades do mercado. Seguindo uma visão mais simples,
a escola do design busca atingir uma adequação entre as capacidades internas e
as possibilidades externas.
A escola do design teve Kenneth Andrews como
seu principal e mais claro representante.
A escola do design estabeleceu os elementos
internos e externos que deveriam ser observados para traçar os pontos fortes e
fracos (variáveis internas), assim como as ameaças e oportunidades (variáveis
externas).
Variáveis Externas
·
Mudanças Sócio-econômicas,
·
Mudanças Governamentais
·
Mudanças Competitivas
·
Mudanças na Política Econômica:
·
Mudança nos Fornecedores
·
Mudanças no Mercado Consumidor
A empresa deve estar sempre atenta às
mudanças externas. No planejamento estratégico é importante a formulação de
cenários (otimista, intermediário e pessimista), simulando o comportamento das
variáveis externas e identificando qual a situação atual, assim como
estratégias alternativas, em caso de mudanças no ambiente externo.
Variáveis Internas
·
Marketing
·
Pesquisa e Desenvolvimento
·
Sistemas de Informações Gerenciais
·
Equipe Gerencial
·
Operacional
·
Finanças
·
Recursos Humanos
As variáveis internas possuem
uma vantagem sobre as variáveis externas no sentido de intervenção, pois são
variáveis que estão sob o poder da empresa, logo, podem ser controladas e
aplicadas ações corretivas para os pontos fracos e ações de manutenção ou de
reforço dos pontos fortes.
Análise SWOT
Na análise swot, também chamada matriz de
análise estratégica, relaciona-se os pontos fortes e fracos com as ameaças e oportunidades
da seguinte forma:
Matriz de Análise
Estratégica
Ambiente
Externo
Ambiente
Interno
|
Oportunidades
|
Ameaças
|
Pontos
Fortes
|
1) Potencialidades
de atuações ofensivas.
|
2) Capacidade
defensiva.
|
Pontos
Fracos
|
3) Debilidades
de atuações ofensivas.
|
4) Vulnerabilidades.
|
FONTE:
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças (2005, p.204)
A análise swot
permite caracterizar os cruzamentos entre os elementos do ambiente interno e
externo, formando quatro focos de análise:
1) As
potencialidades de atuações ofensivas representam a capacidade da empresa para
captura das oportunidades existentes no mercado.
2) A
capacidade defensiva representa o conjunto de forças da empresa capazes de
neutralizar ou minimizar as ameaças.
3) As
debilidades de atuações ofensivas representam fraquezas que dificultam ou
impedem a empresa aproveitar as oportunidades do mercado.
4) As
vulnerabilidades surgem quando as fraquezas acentuam o risco, das ameaças do
mercado, de prejudicar o desempenho da empresa.
Cada elemento classificado na matriz
estratégica, quadrante, sugere um tipo de estratégia que conduzirá a empresa
para uma situação futura mais favorável.
A
escola do design prega que as estratégias devem ser simples, explícitas e
amplamente difundidas na empresa, só assim poderão ser implementadas, ficando
sob a responsabilidade do executivo principal o acompanhamento da execução e
resultados das estratégias definidas.
3. METODOLOGIA
O
estudo de caso foi realizado na empresa Cellular
One.
A
Cellular One é uma rede de lojas especializadas em telefonia celular e está
localizada na cidade de João Pessoa-PB. A empresa existe desde 1995,
trabalhando inicialmente com a Telpa Celular. Posteriormente, com a
privatização, das empresas de telecomunicações no Brasil, passou a trabalhar
com a TIM que assumiu a operação da Telpa. Após a abertura do mercado com
ingressão de novas empresas neste segmento, a Cellular One mudou a bandeira e
iniciou uma nova parceria com a BCP, já utilizando tecnologia digital TDMA.
Atualmente, com a compra da BCP pela América Movil, a Cellular One trabalha em
parceria com a Claro, marca que unificou a rede da América Movil no Brasil.
Como loja exclusiva e especializada, a
Cellular One só pode comercializar produtos ligados à telefonia celular e
exclusivos da operadora de telefonia Claro. Esta limitação comercial implica
numa série de dificuldades que forçam a empresa a adotar ações estratégicas
diferenciadas, a fim de manter sua competitividade no mercado.
A empresa possui 30 funcionários que estão
distribuídos em 5 lojas e atua a 10 anos no mercado. Ela adota o estilo
centralizador, onde a tomada de decisões fica agregada à diretoria da empresa.
Análise do Ambiente Externo
Com
base nos Cenários Prospectivos Ambientais, poderemos identificar ameaças e
oportunidades inerentes ao negócio da Cellular One. Sendo assim, para cada
cenário identificamos as seguintes oportunidades e ameaças:
Cenário Otimista – Estabilidade
Integradora
Oportunidades
|
Ameaças
|
Parcerias no varejo
|
Clientes fiéis
|
Baixa taxa de juros
|
Novos entrantes
|
Oferta mix de produtos
variados
|
Altos estoques
|
Expansão para novos
mercados
|
Queda da lucratividade
|
Aumento na troca de
aparelhos
|
Competição acirrada
|
Cenário Intermediário – Estabilidade
Excludente
Oportunidades
|
Ameaças
|
Consumo
das classes A, B e C multimarcas
|
Fortalecimento
das lojas
|
Vendas
diretas
|
Queda nas Vendas.
|
Oferta
de modelos mid e top
|
Queda
na oferta de aparelhos
|
Promoção
de aparelhos pré-pagos
|
Elevação
dos custos
|
Busca
de melhores profissionais consumidor
|
Inadimplência
no mercado
|
Cenário Pessimista – Instabilidade e
Crise
Oportunidades
|
Ameaças
|
Fusões e aquisições
|
Migração de linhas móveis
para fixas
|
Fidelizar clientes
|
Redução do crédito
|
Diminuição do número de
concorrentes
|
Queda do poder aquisitivo.
|
Novos segmentos do varejo
|
Redução na troca de
aparelhos.
|
Trabalhar com altos
estoques
|
Desabastecimento
|
Análise do Ambiente Interno
Tão
importante quanto análise do ambiente externo é a análise do ambiente interno.
Para análise do ambiente interno, vamos trabalhar com pontos fortes e fracos da
empresa. Os pontos fortes são condições e características internas capazes de
auxiliar por longo tempo o desempenho de forma a garantir o cumprimento da
missão e dos objetivos permanentes, colocando a empresa em vantagem competitiva
frente aos concorrentes. Ao contrário, os pontos fracos são condições e
características que dificultam o desempenho de forma a comprometer o
cumprimento da missão dos objetivos permanentes, colocando a empresa em
desvantagem competitiva.
Para
se estabelecer os pontos fortes e fracos, a empresa deve eleger fatores que
sejam relevantes e críticos para obtenção do sucesso em seu negócio.
Paralelamente, deve eleger quem são seus principais concorrentes, a fim de
estabelecer uma relação comparativa dos pontos fortes e fracos.
Com
base neste raciocínio vamos estabelecer quais são os pontos fortes e fracos da Cellular
One, considerando que o negócio chave da empresa é o comércio varejista
especializado, só trabalha com uma operadora de telefonia celular, seus principais
concorrentes serão as lojas que também comercializam telefones celulares, mais
especificamente, as lojas multimarcas por deterem forte capacidade financeira e
trabalharem com bandeiras de todas operadoras.
Neste
contexto, os pontos fortes e fracos da Cellular One relevantes são:
Pontos Fortes
|
Pontos Fracos
|
Variedade do mix de
produtos e estoques
|
Capacidade financeira
|
Estrutura física das lojas
|
Volume de propaganda
|
Qualidade da propaganda
|
Crediário
|
Localização das lojas
|
Capacidade de expansão
|
Atendimento ao cliente
|
Contrato exclusivo com
operadora
|
As
ações estratégicas da empresa em estudo revelam um cenário positivo para ela,
ficando por conta das campanhas promocionais a responsabilidade de traduzir o
planejamento estratégico em planejamento tático comercial capaz de garantir o
sucesso das estratégias traçadas e alcançar um resultado comercial superior.
4. ANÉLISE DE RESULTADOS
Após
esta análise a Cellular One
formulou sua estratégia e campanha promocional e pôde observar
movimentos interessantes no mercado, como fechamento de algumas lojas de
celulares, que indica sucesso da campanha promocional da empresa no período, garantindo
forte competitividade.
O
sucesso da campanha também indica que a Cellular One conseguiu defender
seu mercado, focado nas classes A, B e C, das lojas multimarcas. Estratégias de
diferenciação no mix de produtos, atendimento e motivação das equipes,
propaganda focada e regularidade no abastecimento garantiram o resultado
comercial superior.
Neste
processo, o planejamento estratégico desempenhou papel fundamental, indicando
as diretrizes para as ações práticas da campanha promocional, provando que
planejamentos de curto prazo podem e devem estar alinhados a planejamentos mais
amplos e de longo prazo.
Finalmente,
a campanha promocional, além de garantir ações comerciais planejadas, gerou um
clima motivacional em toda a empresa. A campanha promocional deu identidade e
segurança às ações necessárias para um grande resultado no final do ano,
ficando o sentimento de que a empresa trilhou o caminho certo em 2009 e está
pronta para os novos desafios de 2010.
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentre
as várias escolas das estratégias, as escolas do design, planejamento e
posicionamento são as que mais se ajustam ao modelo das campanhas promocionais,
pois estão de acordo com a metodologia do planejamento estratégico. Mesmo
assim, podemos considerar pontos de outras escolas em caso de necessidade, mas
sempre tendo claramente que uma campanha promocional deve ser simples e
objetiva, a fim de ganhar agilidade, entendimento amplo e praticidade.
Observando
as estrutura da campanha promocional, concluímos que as áreas devem estar
alinhadas e bem comprometidas para o sucesso da campanha. A força da campanha
dependerá da união entre os “elos da corrente”, a ruptura de um elo poderá
comprometer toda a campanha. Por exemplo, se todos na loja estiverem preparados
e motivados para uma forte propaganda e os produtos não chegarem a tempo, de
nada adiantará os esforços do marketing que disparou a propaganda e do
comercial que preparou a loja e sua equipe.
No
estudo de caso da Cellular One a campanha promocional foi fundamental
para aplicação prática das ações estratégicas previstas no planejamento
estratégico. A campanha promocional criada com base nesta análise, possibilitou
tomadas de decisões rápidas como definição dos produtos e veículos de
propaganda, todos previstos no planejamento estratégico como diretriz a ser
seguida.
Cada
aspecto ou elementos da campanha promocional representou um elo da corrente que
não pode ser negligenciado, muito menos pode fracassar em seu propósito, sob
pena de comprometer toda a campanha. No caso estudado todos os aspectos foram
bem trabalhados, garantindo um resultado superior ao final do período da
campanha.
6. REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria
geral da administração. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
HAMEL, G.; PRAHALAD, C. K. Competindo
pelo futuro: estratégias
inovadoras para obter o controle do seu setor e criar mercados de amanhã. Rio de Janeiro: Campus, 1995.
MINTZBERG, Henry. Safári de estratégia: um roteiro pela selva do planejamento
estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2000.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento
estratégico: conceitos, metodologia
e práticas. São Paulo: Atlas, 2005.
PORTER, Michael. Vantagem
Competitiva – criando e
sustentando um desempenho superior. 12a ed. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
Faculdade Internacional de Curitiba
MBA em Planejamento e Gestão Estratégica
Diagnóstico
Organizacional como Auxílio na Formulação da Estratégia
Daniela de Mendonça Mendes
Denise Macêdo de Almeida
Campos
Diogo Carlos Oliveira
Karina Moreno dos Santos
1-INTRODUÇÃO
Os municípios
competem entre si na atração de investimentos e de visitantes. Os turistas, por
sua vez, querem visitar cidades com serviços organizados, com atrações
culturais e geográficas e onde haja cuidado com o meio ambiente, saneamento e
limpeza pública.
A
garantia da limpeza pública, a preservação do meio ambiente e a saúde pública
resultam de um sistema de gerenciamento de resíduos que necessita de espaços
adequados, equipamentos específicos e que envolvem pessoas em diversas
atividades.
A qualidade dos
serviços prestados na área de coleta de resíduos, que ficam a cargo da
Autarquia Municipal Especial de Limpeza Urbana (EMLUR), representa um forte
vetor para o desenvolvimento do município de João Pessoa-PB.
Na busca dessa
qualidade, a necessidade de planejar surge como forma de identificar,
correlacionar, analisar e avaliar todas as variáveis envolvidas nos processos
decisórios, a fim de possibilitar um desenvolvimento contínuo dos
empreendimentos humanos, em tempo hábil e de maneira acessível a todos. O
momento de planejar, dentro de um processo administrativo é muito importante
tendo em vista permitir a fixação da direção de trabalho e evolução de uma
organização.
As organizações
buscam metodologias que possibilitem formas satisfatórias de lidar com os
problemas eventuais e/ou cotidianos, através das variáveis pertinentes, com a
finalidade de alcançar um desenvolvimento efetivo de seus empreendimentos.
2. HISTÓRICO
E DESCRIÇÃO DA EMLUR
A Autarquia Especial
de Limpeza Urbana – EMLUR – é um órgão da Prefeitura Municipal de João Pessoa,
oriunda da Empresa Municipal de Urbanização (URBAN), sendo esta instituída em 5
de julho de 1974.
A URBAN surgiu com o
intuito de agilizar o desenvolvimento de programas da Prefeitura, que não se
concretizavam devido à sua estrutura burocrática. Era necessário um órgão
flexível, dotado de personalidade jurídica de direito privado e autonomia
administrativa e financeira. No início, podia comprar, vender e contratar
serviços sem licitação, característica esta interrompida a partir da
Constituição de 1988.
Entre 1974 e meados
de 1976, predominavam na URBAN as atividades de processamento de dados, sendo
estas direcionadas para suprir tanto a prefeitura pessoense quanto as
prefeituras do interior. A partir de 1977, passou a executar programas de
urbanização, tal como o Programa de Pavimentação por Ajuda Mútua (PROPAM).
Outros programas idealizados pela URBAN foram o Cemitério Parque, que começou,
mas foi desativado, e o Distrito Mecânico.
A responsabilidade da
limpeza urbana era, inicialmente, da Prefeitura, através da Secretaria de
Serviços Urbanos. A partir de 1984, esta responsabilidade foi atribuída à
URBAN, que passou a executá-la através de empresas terceirizadas. Atualmente os
contratos terceirizados são regidos por licitação, lei 866/93.
Em 1990 mudou seus
objetivos e sua denominação para EMLUR e partir de 1992 tornou-se uma
autarquia.
Atualmente, a EMLUR é
responsável por todo trabalho de limpeza urbana da cidade de João Pessoa
(resíduos sólidos). Executa também as seguintes atividades:
Realiza obras e
serviços de desenvolvimento urbanístico da cidade de João Pessoa;
-
Regulamenta e fiscaliza a execução e
funcionamento do sistema de varrição ou coleta;
-
Promove campanha de caráter educativo,
visando conscientizar a população;
-
Explora diretamente ou através de terceiros
os produtos e subprodutos resultantes dos resíduos coletados;
-
Realiza coleta diária, através de revezamento
dia/bairro;
-
Possui uma usina de reciclagem de lixo;
- Possui
um serviço de atendimento ao cliente chamado “ALÔ LIMPEZA”.
2.1- Missão e Valores
A declaração de
missão visa a comunicar interna e externamente o propósito da organização
(TIFFANY & PETERSON, 1999).
Com o intuito de
definir qual o escopo de atuação da EMLUR, tem-se, então, a seguinte missão
para a EMLUR:
Autarquia municipal
que desenvolve processo de urbanismo, coleta, tratamento e destino final dos
resíduos sólidos, de maneira direta ou através de terceirizados, visando
excelência em suas operações para melhoria da qualidade de vida da população,
promovendo a educação para a limpeza urbana e contribuindo para o
desenvolvimento urbano.
Uma declaração de
valores é um conjunto de crenças e princípios que orienta as atividades e
operações de uma organização (TIFFANY & PETERSON, 1999). Foram definidos os
seguintes valores para a EMLUR:
-
Responsabilidade social;
-
Desenvolvimento sustentável;
-
Preservação ambiental;
-
Ética;
2.2- Análise do Ambiente Externo
É a atividade de
levantamento e análise dos principais fatores ambientais presentes que afetam a
vida da organização, sua provável evolução e dos fatores que poderão ocorrer no
futuro com impacto sobre as operações da organização. Pode-se dizer que, em
geral, se tem pouco ou nenhum controle sobre esses fatores ambientais.
Oportunidades
1. Fornecer
material reciclável, gerando lucros;
2. Incentivo
do governo municipal atual;
3. Promover
cursos de gestão ambiental;
4. Disponibilizar
depósitos de lixo nas proximidades;
5. Apoio
financeiro externo;
6. Parceria
com a população para limpeza solidária (coleta seletiva);
7. Conscientização
da população, facilitando a prestação do serviço;
8. Parceria
com órgãos públicos;
9. Investimento
em responsabilidade social;
10. Maior
número de prestadoras de serviços.
Ameaças
1. Falta
de cooperação e conhecimento da população com coleta seletiva;
2. Mudanças
no governo municipal;
3. Redução
de orçamento;
4. Vandalismo
(destruição de material utilizado para a coleta);
5. Insatisfação
da população;
6. Greve
dos funcionários;
7. Má
prestação de serviços terceirizados;
8. Poder
de barganha dos prestadores de serviços;
9. Possibilidade
de demissão em massa por decreto do STF;
10. Difícil
acesso a determinados bairros.
2.3- Análise do Ambiente Interno
Esta atividade
fornecerá uma visão de como está o ambiente interno da organização, onde se
localizam as forças e fraquezas e as causas dessa situação. Ela é importante
para fixar a posição estratégica da organização, uma vez que permite a
identificação de medidas internas que lhe possibilitam se ajustar às tendências
esperadas para o ambiente externo.
Pontos fortes
1. Incentivo
ao desenvolvimento sócio-cultural dos funcionários;
2. Serviço
de coleta é essencial à população;
3. Flexibilidade
de horário na coleta;
4. Não
possui concorrência direta;
5. Disponibilidade
de mão-de-obra no mercado;
6. Educação
e incentivo à coleta seletiva em alguns bairros;
7. Campanhas
educativas;
8. Valorização
e revitalização do meio ambiente.
Pontos fracos
1. Número
excessivo de funcionários na administração;
2. Falta
de segurança para o pessoal operacional;
3. Má
remuneração;
4. Gerência
por indicação política;
5. Falta
de motivação dos funcionários;
6. Falta
de critério na seleção do pessoal;
7. Má
administração dos recursos financeiros;
8. Falta
de treinamento dos funcionários;
9. Planejamento
inadequado nas ações de coleta;
10. Falta
de comprometimento dos funcionários.
3. QUADRO SWOT
A avaliação global
das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças são denominadas análise SWOT
(dos termos em inglês strengths, weaknesses, opportunities, threats) (KOTLER,
2004).
A análise é dividida
em duas partes: o ambiente externo à organização (oportunidades e ameaças) e o
ambiente interno à organização (pontos fortes e pontos fracos). Esta divisão é
necessária porque a organização tem que agir de formas diferentes em um e em
outro caso. Quando se tem definidas quais são as áreas de maior importância e
quais as áreas que são consideradas fraquezas da organização, fica mais fácil
decidir onde devem ser alocados os esforços para melhoria, já que não seria
possível investir em todas as áreas ao mesmo tempo (GOLDSCHMIDT, 2003). A
análise swot permite caracterizar os cruzamentos entre os elementos do
ambiente interno e externo, formando quatro focos de análise:
1) As
potencialidades de atuações ofensivas representam a capacidade da empresa para
captura das oportunidades existentes no mercado;
2) A
capacidade defensiva representa o conjunto de forças da empresa capazes de neutralizar
ou minimizar as ameaças;
3) As
debilidades de atuações ofensivas representam fraquezas que dificultam ou
impedem a empresa aproveitar as oportunidades do mercado;
4) As
vulnerabilidades surgem quando as fraquezas acentuam o risco, das ameaças do
mercado, de prejudicar o desempenho da empresa.
Cada elemento classificado na matriz
estratégica, quadrante, sugere um tipo de estratégia que conduzirá a empresa
para uma situação futura mais favorável.
Após
pesquisa realizada, foram identificados os seguintes itens para a composição do
quadro SWOT:
OPORTUNIDADES
· Conscientização
da população facilitando a prestação do serviço.
· Fornecer
material reciclável
· Parceria
com a população
· Incentivo
do Governo Municipal
·
Poder de barganha
AMEAÇAS
· Demissão em massa
· Mudança
de governo
· Má
prestação do serviço terceirizado
· Falta
de consciência da população
· Redução
de orçamento
PONTOS FORTES
· Serviço de coleta e
essencial a população
· Não
possui concorrência direta
· Flexibilização
de horário na coleta
· Valorização
do meio ambiente
· Incentivo
ao desenvolvimento sócio-cultural dos funcionários
PONTOS FRACOS
· Gerencia por indicação política
·
Número excessivo de funcionários
·
Falta de comprometimento
·
Falta de segurança do pessoal
operacional
·
Má remuneração
4. CONSIDERAÇÕES
FINAIS
O envolvimento de
todos os integrantes de uma organização na tomada de decisão é fundamental para
o crescimento da mesma. O senso de participação, na maioria das vezes, cria um
ambiente motivacional onde as pessoas se sentem úteis e responsáveis.
É importante a busca da
participação de todos os componentes da empresa como forma de gerir um
Planejamento Estratégico, indo ao encontro dos anseios de todos os integrantes
da mesma. Além de proporcionar a motivação e comprometimento dos funcionários,
que dessa forma se esforçam no sentido de alcançar os objetivos
organizacionais, desta forma se busca uma maior interação desses funcionários,
na qual as idéias expostas em reuniões conjuntas são direcionadas para uma
discussão e avaliação em equipe, chegando a um consenso geral.
Este exercício permitiu
a compreensão das etapas que compõem a formulação da estratégia, mas de nada
adiantarão os esforços durante as fases da formulação da estratégia, se na fase
de implementação não houver um acompanhamento sistemático. Projetos nesta área
de saneamento básico devem ter sustentabilidade para sobreviver a grupos,
pessoas, políticos e governos para obter os resultados esperados de sucesso.
6. REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria
geral da administração. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
GOLDSHMIDT,
Andréa. Análise SWOT na captação de
recursos – avaliação de oportunidades, ameaças, pontos fortes e pontos
fracos. Revista IntegrAção, São Paulo, Jun.2003. Disponível em: http://integracao.fgvsp.br/ano6/06/financiadores.htm>Acesso
em: 28 abril 2010.
HAMEL, G.; PRAHALAD, C. K. Competindo
pelo futuro: estratégias
inovadoras para obter o controle do seu setor e criar mercados de amanhã. Rio de Janeiro: Campus, 1995.
KOTLER, Phili. Administração de Marketing. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
MINTZBERG,
Henry. Safári de estratégia: um
roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman,
2000.
OLIVEIRA,
Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. São
Paulo: Atlas, 2005.
PORTER, Michael. Vantagem
Competitiva – criando e
sustentando um desempenho superior. 12a ed. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
TIFFANY, Paul;
PETERSON, Steven D. Planejamento Estratégico. 6. ed. Rio de Janeiro:
Campus, 1999.
Faculdade Internacional de Curitiba
MBA em Planejamento e Gestão Estratégica
Mapas Estratégicos
para o Desenvolvimento Sustentável
Daniela de Mendonça Mendes
Denise Macêdo de Almeida
Campos
1- INTRODUÇÃO
Os municípios
competem entre si na atração de investimentos e de visitantes. Os turistas, por
sua vez, querem visitar cidades com serviços organizados, com atrações
culturais e geográficas e onde haja cuidado com o meio ambiente, saneamento e
limpeza pública.
A
garantia da limpeza pública, a preservação do meio ambiente e a saúde pública
resultam de um sistema de gerenciamento de resíduos que necessita de espaços
adequados, equipamentos específicos e que envolvem pessoas em diversas
atividades.
A qualidade dos
serviços prestados na área de coleta de resíduos, que ficam a cargo da
Autarquia Municipal Especial de Limpeza Urbana (EMLUR), representa um forte
vetor para o desenvolvimento do município de João Pessoa-PB.
Na busca dessa
qualidade, a necessidade de planejar surge como forma de identificar, correlacionar,
analisar e avaliar todas as variáveis envolvidas nos processos decisórios, a
fim de possibilitar um desenvolvimento contínuo dos empreendimentos humanos, em
tempo hábil e de maneira acessível a todos. O momento de planejar, dentro de um
processo administrativo é muito importante tendo em vista permitir a fixação da
direção de trabalho e evolução de uma organização.
As organizações
buscam metodologias que possibilitem formas satisfatórias de lidar com os
problemas eventuais e/ou cotidianos, através das variáveis pertinentes, com a
finalidade de alcançar um desenvolvimento efetivo de seus empreendimentos.
2- HISTÓRICO
E DESCRIÇÃO DA EMLUR
A Autarquia Especial
de Limpeza Urbana – EMLUR – é um órgão da Prefeitura Municipal de João Pessoa,
oriunda da Empresa Municipal de Urbanização (URBAN), sendo esta instituída em 5
de julho de 1974.
A URBAN surgiu com o
intuito de agilizar o desenvolvimento de programas da Prefeitura, que não se
concretizavam devido à sua estrutura burocrática. Era necessário um órgão flexível,
dotado de personalidade jurídica de direito privado e autonomia administrativa
e financeira. No início, podia comprar, vender e contratar serviços sem
licitação, característica esta interrompida a partir da Constituição de 1988.
Entre 1974 e meados
de 1976, predominavam na URBAN as atividades de processamento de dados, sendo
estas direcionadas para suprir tanto a prefeitura pessoense quanto as
prefeituras do interior. A partir de 1977, passou a executar programas de
urbanização, tal como o Programa de Pavimentação por Ajuda Mútua (PROPAM).
Outros programas idealizados pela URBAN foram o Cemitério Parque, que começou,
mas foi desativado, e o Distrito Mecânico.
A responsabilidade da
limpeza urbana era, inicialmente, da Prefeitura, através da Secretaria de
Serviços Urbanos. A partir de 1984, esta responsabilidade foi atribuída à
URBAN, que passou a executá-la através de empresas terceirizadas. Atualmente os
contratos terceirizados são regidos por licitação, lei 866/93.
Em 1990 mudou seus
objetivos e sua denominação para EMLUR e partir de 1992 tornou-se uma
autarquia.
2.1- Missão e Valores
A declaração de
missão visa a comunicar interna e externamente o propósito da organização
(TIFFANY & PETERSON, 1999).
Com o intuito de
definir qual o escopo de atuação da EMLUR, tem-se, então, a seguinte missão
para a EMLUR:
Autarquia municipal
que desenvolve processo de urbanismo, coleta, tratamento e destino final dos
resíduos sólidos, de maneira direta ou através de terceirizados, visando
excelência em suas operações para melhoria da qualidade de vida da população,
promovendo a educação para a limpeza urbana e contribuindo para o
desenvolvimento urbano.
Uma declaração de
valores é um conjunto de crenças e princípios que orienta as atividades e
operações de uma organização (TIFFANY & PETERSON, 1999). Foram definidos os
seguintes valores para a Emlur:
-
Responsabilidade social;
-
Desenvolvimento sustentável;
-
Preservação ambiental;
-
Ética;
2.2- Stakeholders da EMLUR
Alguns pontos
considerados como os principais fatores ambientais que afetam a vida da
organização e fatores que poderão ocorrer no futuro com impacto sobre as
operações da organização são:
Oportunidades
1. Fornecer
material reciclável, gerando lucros.
2. Incentivo
do governo municipal atual.
3. Promover
cursos de gestão ambiental.
4. Disponibilizar
depósitos de lixo nas proximidades.
5. Apoio
financeiro externo.
6. Parceria
com a população para limpeza solidária (coleta seletiva).
7. Conscientização
da população, facilitando a prestação do serviço.
8. Parceria
com órgãos públicos.
9. Investimento
em responsabilidade social.
10. Maior
número de prestadoras de serviços.
Ameaças
1. Falta
de cooperação e conhecimento da população com coleta seletiva.
2. Mudanças
no governo municipal.
3. Redução
de orçamento.
4. Vandalismo
(destruição de material utilizado para a coleta).
5. Insatisfação
da população.
6. Greve
dos funcionários.
7. Má
prestação de serviços terceirizados.
8. Poder
de barganha dos prestadores de serviços.
9. Possibilidade
de demissão em massa por decreto do STF.
10. Difícil
acesso a determinados bairros.
3- Indicadores da EMLUR
3.1- Econômicos:
Atualmente, a EMLUR é
responsável por todo trabalho de limpeza urbana da cidade de João Pessoa
(resíduos sólidos) executa também as seguintes atividades:
-
Realiza obras e serviços de desenvolvimento
urbanístico da cidade de João Pessoa
-
Regulamenta e fiscaliza a execução e
funcionamento do sistema de varrição ou coleta;
-
Promove campanha de caráter educativo,
visando conscientizar a população;
-
Explora diretamente ou através de terceiros
os produtos e sub-produtos resultantes dos resíduos coletados;
-
Realiza coleta diária, através de revezamento
dia/bairro;
-
Possui uma usina de reciclagem de lixo;
- Possui
um serviço de atendimento ao cliente chamado “ALÔ LIMPEZA”.
3.2- Ambientais:
A
Prefeitura Municipal de João Pessoa - PB, desenvolveu junto a Associação
Tecnológica de Pernambuco - ATEPE – o Projeto do Aterro Sanitário Metropolitano
e junto a MMJ Engenharia o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto
Ambiental relativo ao empreendimento, onde atualmente o aterro sanitário
encontra-se devidamente licenciados nos órgãos ambientais.
O
desenvolvimento do Projeto se fundamentou essencialmente em critérios de
engenharia sanitária e normas específicas operacionais, os benefícios sociais
dos catadores que sobrevivem nestes locais e os ganhos ambientais na
preservação do meio ambiente.
O
Monitoramento ambiental envolveu basicamente: medidas de vazão, coleta de
líquidos em pontos georeferenciados para realização de ensaios físico-químicos
e bacteriológicos nos reservatórios (lagoas) e nos poços de monitoramento,
coleta de líquidos em pontos georeferenciados para realização de ensaios
físico-químicos e bacteriológicos em cursos de água superficiais, controle de
qualidade do ar e controle de macro e micro vetores, dentre outros parâmetros.
Concluiu-se,
no entanto, que os critérios de planejamento e de controle ambiental
implantados no Aterro Sanitário Metropolitano de João Pessoa, apresentam
resultados que indicam que os níveis de contaminação dos solos, das águas e do
ar, estão dentro dos critérios definidos em normas e na legislação pertinente e
que à medida que a eficiência dos métodos forem confirmados e realizados de
forma contínua, melhores e mais confiáveis serão os resultados.
3.3- Sociais
3.3.1- Indicadores Funcionais:
A EMLUR tem 250
funcionários empregados, no entanto não nos foi disponibilizada as informações
de quantos são homens e quantas são mulheres. Destes funcionários, foi
identificado que a grande maioria é analfabeta.
3.3.2- Indicadores Laborais:
A
EMLUR possui projetos sociais internos que nos mostram bastante eficiência no
que diz respeito ao compromisso com os funcionários e seus familiares,
fomentando um ambiente com harmonia e condições legais para o exercício de suas
funções, equipamentos compatíveis para cada atividade, segurança e
tranqüilidade para o desenvolvimento de suas tarefas, havendo treinamento e
capacitações para tal atividade, visto que suas atividades são bastante
expostas a doenças e riscos de acidente de trabalho (apud NUNES, 2008-pg 49).
4. INDICADOR DO BALANCED SCORECARD
Indicador:
Perspectiva dos Clientes
A
EMLUR constatou através de pesquisa realizada e do SAC implantado na empresa, que
o nível de satisfação dos usuários tem crescido satisfatoriamente devido às ações
realizadas.
A EMLUR, por ser uma empresa que presta serviços de limpeza, preocupa-se com a conscientização da população promovendo campanhas educativas através de seu Departamento de Reciclagem e Compostagem de Resíduos Sólidos Urbanos. Desenvolve vários projetos visando despertar o interesse da população quanto à conservação do meio ambiente, no que diz respeito à limpeza urbana.
Com este pensamento, a EMLUR criou algumas maneiras para sensibilizar a comunidade a acondicionar e descartar os resíduos sólidos adequadamente, participando da coleta seletiva e reaproveitamento do lixo, evitando assim sérios problemas com a saúde. Além de realizar em alguns bairros a coleta seletiva de lixo nas residências.
Outra campanha realizada foi desenvolvida no litoral, com o intuito de despertar na população o interesse acerca dos problemas gerados com sujeira e a poluição das praias. A operacionalização é realizada através de distribuição de sacolas por fiscais e a catação dos resíduos por agentes de limpeza, ambos funcionários da EMLUR.
Sabe-se que essas campanhas
devem ser contínuas e mais abrangentes, isso é uma reivindicação que a EMLUR
constatou em suas pesquisas de satisfação realizada com a população.
5-CONSIDERAÇÕES
FINAIS
O envolvimento de
todos os integrantes de uma organização na tomada de decisão é fundamental para
o crescimento da mesma. O senso de participação, na maioria das vezes, cria um
ambiente motivacional onde as pessoas se sentem úteis e responsáveis.
Os esforços da EMLUR estão
voltados para a gestão efetiva e a execução de ações integradas e
ambientalmente seguras de remoção, tratamento e disposição final dos resíduos
sólidos da cidade de João Pessoa. Faz parte do negócio da EMLUR ser
ecologicamente correta, prestar um bom serviço de limpeza para a população e
com isso trazer todos os benefícios que uma cidade limpa pode trazer à
população. Sendo, entre estes benefícios, o mais relevante o bem estar físico e
de saúde de todos os usuários do serviço.
A EMLUR é referência
no Brasil em gestão pública de limpeza urbana, voltada para a beleza e o
desenvolvimento sustentável de João Pessoa, tendo como suportes colaboradores
capacitados e comprometidos, e parceiros confiáveis nos setores, público,
privado e não-governamental. Através do seu Departamento de Reciclagem e
Compostagem de Resíduos Sólidos Urbanos, a EMLUR desenvolve vários projetos
visando despertar o interesse da população quanto à conservação do meio
ambiente, no que diz respeito à limpeza urbana da cidade.
Com este
desenvolvimento podemos encontrar facilmente o retorno econômico para os
envolvidos no processo, tais como associações de catadores de lixo, empresas de
reciclagem; retorno para o setor de turismo uma vez que a cidade de praias
limpas atrai mais turistas e trazem consigo toda a movimentação financeira
benéfica para a região.
6. REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria
geral da administração. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
GOLDSHMIDT,
Andréa. Análise SWOT na captação de
recursos – avaliação de oportunidades, ameaças, pontos fortes e pontos
fracos. Revista IntegrAção, São Paulo, Jun.2003. Disponível em: http://integracao.fgvsp.br/ano6/06/financiadores.htm>Acesso
em: 28 abril 2010.
HAMEL, G.; PRAHALAD, C. K. Competindo
pelo futuro: estratégias
inovadoras para obter o controle do seu setor e criar mercados de amanhã. Rio de Janeiro: Campus, 1995.
MINTZBERG,
Henry. Safári de estratégia: um
roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman,
2000.
OLIVEIRA,
Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. São
Paulo: Atlas, 2005.
PORTER, Michael. Vantagem
Competitiva – criando e
sustentando um desempenho superior. 12a ed. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
TIFFANY, Paul; PETERSON, Steven D. Planejamento
Estratégico. 6. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
NUNES,
Aline Poggi Lins. A influência da
Responsabilidade Social da EMLUR sobre o bem-estar social dos seus
funcionários. 2008.1.76f. Monografia (Graduação em Administração) Centro
Universitário de João Pessoa – UNIPÊ